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No entanto, no Brasil ainda temos apenas um índice de testagem de 63 mil para 100 mil de habitantes, o que é considerado baixo. Entre os entraves para a testagem está a grande necessidade de insumos e EPIs para fazer estas coletas e o alto custo que isso traz para o Estado. Um problema comum em outros países também.
Pensando nisso, pesquisadores de Yale decidiram trabalhar em uma testagem usando saliva, um teste que eles chamaram de SalivaDirect. E a técnica foi aprovada em caráter emergencial pela FDA (Food and Drug Adminstration) —órgão que atua como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Essa testagem é mais prática —mesmo que a análise do material precise ser feita em laboratório, a coleta pode ser realizada em casa, sem um profissional de saúde —, além de custar menos.
Até agora dois estudos sobre a técnica foram publicados em pre-print, ou seja, sem a revisão de outros pesquisadores de fora do estudo. A pesquisa mais recente saiu dia 4 de agosto. Os pesquisadores fizeram testes com diferentes materiais de diversos fornecedores —tanto os potes para coleta quanto os reagentes que detectarão o vírus. Dessa forma, ele pode ser adaptado a diferentes realidades em outros países ou a problemas de fornecimento de insumos, que costumam ocorrer no cenário de pandemia.
Em entrevista ao site da Yale, os pesquisadores chefes do estudo Nathan Grubaugh e Anne Wyllie afirmaram que não pretendem comercializar o método. Em vez disso, eles desejam fornecer um protocolo de teste simplificado para ajudar os mais necessitados.
Como funciona o teste de covid-19 pela saliva?
Depois disso, a amostra ainda deve ser enviada ao laboratório, onde será analisada —do mesmo modo que os testes PCR feitos hoje no Brasil. Mas até esse processo é mais simples, já que a técnica desenvolvida pela Universidade de Yale não exige conservantes na coleta de amostra —eles perceberam que o SARS-CoV-2 é estável na saliva por períodos prolongados em temperaturas quentes — e a testagem é feita de forma diferente e mais rápida.
O teste é tão bom quanto o PCR feito atualmente?
Há outro ponto importante: por ser mais barato (tem um custo de cerca de 10 dólares por teste, o que equivale a R$ 54,27) ele pode ser aplicado em mais pessoas, inclusive os assintomáticos. "Como o estudo foi feito com o financiamento da NBA (liga de basquete norte-americana), portanto os jogadores estão fazendo os testes semanalmente, mesmo sem apresentarem sintomas", explica Heller.
Testagem por saliva seria muito útil no cenário brasileiro
Fonte dessa matéria:https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao
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