Fim de contratos de agentes de endemias em Rio das Ostras ameaça saúde pública. Agentes protestam pela renovação dos contratos, temendo aumento de casos de dengue e outras doenças (Foto Divulgação: O DIA).
Sem renovação dos contratos, aumento nos casos de dengue e outras doenças preocupa população e gera protestos
Em Rio das Ostras-RJ, 80 Agentes de Endemias foram dispensados sem a renovação de seus contratos, uma decisão que pode gerar um impacto preocupante na saúde pública local. A categoria, responsável por ações como combate ao mosquito da dengue e controle de zoonoses, protesta contra o corte, alegando que essa ausência de profissionais irá comprometer o combate a doenças na cidade.
Na última quarta-feira(24/10), os agentes realizaram uma manifestação em frente à sede municipal e planejam se reunir na Câmara Municipal hoje(29/10), exigindo a renovação dos contratos.
De acordo com um dos agentes presentes, a falta de renovação foi vista como uma ação que ignora a importância dos serviços prestados. "Não somos apenas responsáveis pela dengue. Atuamos no controle de pragas, como ratos e vetores, além de promover campanhas como a vacinação antirrábica. Nosso trabalho cobre diversas frentes essenciais para a saúde pública", declarou o agente.
A situação coloca em risco a prevenção contra o avanço de doenças como dengue, zika e chikungunya, além de outras ameaças à saúde coletiva. "Com apenas 80 agentes já é difícil; para alcançar uma cobertura eficaz, precisaríamos de pelo menos 120 agentes ativos. Infelizmente, agora não temos nem o básico", reforçou outro profissional, que destacou o risco de aumento nas infestações de mosquitos e outros vetores sem a intervenção necessária.
Um dos agentes comparou a situação ao descartar indiscriminadamente recursos vitais. "Se há problemas entre nós, é questão de identificar e resolver, não de desativar todo o serviço. Nosso salário vem de verba federal, então não há custo extra ao município para nos mantermos trabalhando", disse.
OBSERVAÇÃO: A equipe de reportagem do site O DIA está tentando contato com o governo municipal para se posicionar sobre o caso, mas até a publicação desta matéria(26/10), nenhuma resposta tinha sido obtida.
Fonte: O DIA
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