Novas Atribuições: Agentes comunitários de saúde discordam de Formação Técnica com funções da enfermagem
Agentes de Saúde | Os Agentes Comunitários de Saúde estão usando as redes sociais para discordar das Novas Atribuições previstas na Portaria 3.241/2020 do Ministério da Saúde, que estabelece o Programa Saúde com Agente. O artigo 11, II, deixa claro que os ACS's terão como atribuições a aferição de pressão arterial e glicemia, práticas previstas na proposta da Lei Federal 13.595/2018, impostas à categoria, considerando que em 2018, quando foi realizado uma série de audiência públicas nos estados, houve manifestações contrárias a inclusão das referidas atribuições.
Alegações sobre as Novas Atribuições
Na visão da presidente da CONACS - Confederação Nacional das Associações dos Agentes Comunitários de Saúde, Ilda Angélica Correia, elas protegem a categoria de demissões por parte dos gestores. Segundo ela, a categoria é vista pelos gestores (prefeitos e secretários de saúde) como sem utilidade. Durante a pandemia da Covid-19, a diretoria presidente chegou a comentar sobre a importância da atuação da categoria para demostrar que é útil.
Contradições
Quando o governo de Michel Temer baixou a Portaria PORTARIA Nº 83, DE 10 DE JANEIRO DE 2018, do Profags (curso de formação técnica em enfermagem para ACS), Ilda Angélica e a diretoria da Confederação foi contra, alegaram que as atribuições como aferição de pressão, glicemia e curativos pertenciam aos técnicos em enfermagem e que tais práticas iria descaracterizar o perfil dos ACS, podendo causar a sua extinção. Com esse argumento foi criado uma grande onda de terror nacional, fazendo-se acreditar que a categoria estava diante de uma ameaça de extinção. Ansiedade, pânico, inquietação etc., foram alimentadas com a pressão que foi feita nas redes sociais.
Após o Ministério da Saúde descartar o investimento no curso, via Profags, veio a proposta da Lei Ruth Brilhante, criando novas atribuições aos ACS's. Justamente as atribuições que supostamente iriam causar a extinção da categoria. Afinal, por que tais lideranças mentiram à categoria? Por que criaram um terror a nível nacional para recusar as novas atribuições antes, as defendendo em seguida? A quem interessa a preservação dessas atribuições de forma impositiva, ou seja, obrigado a categoria a aceitar práticas que estão totalmente fora do que representa as suas atribuições constitucionais?
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