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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Resultado de exame em mulher com suspeita de peste bubônica aponta presença de bactéria, diz secretaria

Paciente foi internada em leito de isolamento para evitar disseminação. Exame será reavaliado pela Fiocruz e poderá definir diagnóstico da mulher.

A Secretaria municipal de Saúde de São Gonçalo diz que diagnosticou a presença da bactéria Yersinia pestis em uma paciente de 57 anos internada no Hospital Luiz Palmier. Com a suspeita de ser um caso de peste bubônica, foi iniciado um tratamento com antibióticos e a paciente foi internada em leito de isolamento para evitar disseminação.

De acordo com a prefeitura, a mulher deu entrada no Pronto Socorro Central no último dia 22 de dezembro. Ela apresentava insuficiência cardíaca e foi encaminhada para internação no Hospital Luiz Palmier.

Na unidade hospitalar, foi realizado o procedimento padrão de coleta de amostras oral, nasal e anal. Por estar com uma ferida na perna, também foi solicitada amostra da pele que diagnosticou a presença da bactéria. Uma coleta de hemocultura também foi feita e encaminhada para Fiocruz, mas o resultado ainda não foi divulgado.

A Prefeitura informou ainda que uma equipe do controle de zoonoses da Vigilância Ambiental foi até a residência da paciente para realizar uma inspeção de pragas e roedores. No entanto, não foi encontrado vestígio na residência.

"O procedimento foi feito corretamente. O tratamento é feito com antibiótico e o paciente tem que ficar em isolamento. A presença por si só da bactéria não é um exemplo de peste bubônica, mas não pode deixar a bactéria se desenvolver", afirmou o presidente do Cremerj, médio Sylvio Provenzano.

'Doença grave, mas tratamento simples', diz especialista
O G1 entrou em contato com um especialista no assunto para saber detalhes da doença considerada incomum atualmente. O presidente do Cremerj, Sylvio Provenzano, afirmou que a contaminação é feita através de animais.

“Peste bubônica é uma doença causada por uma bactéria, conhecida como Yersinea pestis. Ela é transmitida pela picada da pulga. A pulga infecta roedores, que nos transmite a doença. Peste bubônica causa um aumento dos gânglios linfáticos, geralmente na região do pescoço. Eles aumentam de tamanho e dão pus. Quando colhemos esse material, podemos diagnosticar a doença”, disse.

Provenzano afirmou ainda que o tratamento é simples, mas é necessário que o diagnóstico seja feito rapidamente.

“É uma doença que tem tratamento. Na minha opinião, é mais fácil tratar esse tipo de doença do que uma dengue hemorrágica. Essa peste, tem tratamento específico. É necessário fazer o isolamento e tratar com antibióticos. Mas se o diagnóstico não for feito, o risco é alto de morrer. É uma doença grave”, destacou o médico.
Ele deu mais detalhes sobre o problema: “O último caso descrito aqui no Brasil foi em 2005, os focos da doença no Brasil são em dois lugares: Ceará e Teresópolis. Este é um tipo de doença com notificação compulsória, se for confirmado, todas as secretarias e o Ministério da Saúde são notificados. Isso é necessário para que medidas sejam adotadas para que o número de caso seja controlado”, completou.

Por Matheus Rodrigues, G1 Rio
13/01/2019 08h55  Atualizado há 16 horas


Fonte:g1.globo.com

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