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domingo, 20 de dezembro de 2020

Fiocruz dá início a pesquisa para investigar a cobertura vacinal de crianças no país

 

Objetivo é saber quantas das crianças nascidas em 2017 foram receberam as principais vacinas do país. Informações deverão ajudar no planejamento de futuras campanhas de imunização.

Fiocruz está fazendo levantamento sobre vacinação infantil durante a pandemia

Enquanto o mundo inteiro só pensa em uma vacina contra a Covid-19, outras doenças que já poderiam ter desaparecido voltam a ficar sem controle no Brasil porque muita gente deixa de vacinar os filhos. Por conta disso, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) decidiu investigar como está a cobertura vacinal no país.

A pesquisa foi batizada de “Inquérito de Cobertura Vacinal" e será focada nas crianças nascidas em 2017. Além de estimar quantas crianças foram vacinadas, o estudo deverá contribuir para a elaboração de futuras campanhas de vacinação no Brasil.

Para fazer o levantamento, agentes de campo da Fiocruz vão até a casa da criança selecionada para participar da pesquisa. O pesquisador conversar com o responsável da criança e preenche um questionário socioeconômico da família. Depois verifica, fotografa e analisa a caderneta de vacinação da criança.

“A gente faz um recorte com relação às vacinas mais relevantes que essa criança deveria ter tomado, do momento do seu nascimento até o presente momento, em especifico nos recortes de 12 meses, 18 meses e 24 meses de nascimento dessa criança”, explicou o coordenador do trabalho de campo da Fiocruz, Felipe Castelani .

A primeira criança a participar deste levantamento foi a Lis, que tem 3 anos e 11 meses. Para a mãe dela, a professora Natália Alencar, a pesquisa é importantíssima para o país para ajudar no controle de doenças. Ela enfatizou que considera a vacinação um ato de amor pela filha.

“Como cuidado da saúde, [vacinar] é uma prova de amor pelo filho. Você cuida da saúde dele e pensa no próximo também”, disse Natáia.

No Rio, 1,8 mil crianças com 3 anos de idade foram sorteadas para participar da pesquisa. As informações serão enviadas para o Ministério da Saúde. Os resultados vão ajudar no planejamento das próximas campanhas de vacinação.

Especialistas afirmam, que nos últimos cinco anos, o número de crianças vacinadas diminuiu. Em 2018, por exemplo, quase 100% (99,7%) das crianças foram vacinadas com a BCG, que protege contra a tuberculose. Já em 2020, esse percentual caiu para menos de 64% (63,88%).

Pesquisadora da Fiocruz há 37 anos, Silvana Granado diz o maior índice de vacinação está entre as famílias mais pobres do país.

As classes mais baixas são as que mais vacinam. Elas são as que vão às Clinicas da Família. O extrato mais pobre é que tem a cobertura vacinal melhor”, disse.

A pesquisa será realizada em 19 capitais do país, além do Distrito Federal. A Fiocruz faz um apelo para que as famílias sorteadas participem do levantamento.


Fonte dessa matéria: g1.globo.com

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