quarta-feira, 10 de abril de 2019

TÉCNICA DE ENFERMAGEM É ACUSADA DE ESTUPRAR PACIENTE COM PARALISIA

Imagem: Divulgação/Polícia Civil
Balbina de Almeida, técnica de enfermagem acusada de estuprar paciente de 54 anos

Uma técnica de enfermagem foi presa ontem suspeita de estuprar por dois meses um paciente de 54 anos. De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal, o homem sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA) - doença degenerativa que provoca paralisia e faz com que a vítima consiga apenas piscar os olhos. A mulher nega as acusações. Quem investiga o caso é a 23ª Delegacia de Polícia, localizada no Setor P Sul, em Ceilândia. De acordo com o delegado-adjunto Maurício Iacozzilli, a vítima conseguiu denunciar os abusos de Balbina de Almeida, 36, após o filho dele, de 18 anos, instalar em casa um equipamento de comunicação que permite a formação de palavras pelo movimento dos olhos.

"A vítima contou que a técnica de enfermagem o beijava na boca, praticava sexo oral nele, o masturbava e também colocava as mãos nas partes íntimas dela. A doença do senhor é tão grave que ele não se movimenta, fica paralisado e claro, não tem ereção", explica o delegado. 

Balbina de Almeida trabalhava havia três anos e quatro meses na casa da família da vítima. Ela se formou como técnica de enfermagem em 2012 e não tinha passagens pela polícia. Agora, vai responder pelo crime de estupro de vulnerável e pode pegar até 15 anos de cadeia.

 Na delegacia, a suspeita disse que sempre atou com profissionalismo. 

"Ele dizia que gostava de mim. Que eu era o porto seguro dele. Eu cuidava desse senhor há muito tempo. A gente cria um vínculo com o paciente, sabe? Mas eu jamais tentaria algo com ele, ainda mais no estado em que ele se encontra", disse.

 Balbina era a enfermeira noturna e responsável por dar o remédio ao homem para que ele conseguisse dormir. Mas quando uma outra enfermeira a rendia, percebia que a vítima estava com os sinais vitais alterados.

"Quando a Balbina estava com desejos sexuais, ela não dava esse comprimido pra abusar do senhor. Isso ocasionava problemas de saúde pra ele. Tanto que em depoimento, essa enfermeira que rendia a suspeita dizia que sempre encontrava o paciente com alterações nos sinais vitais, falta de oxigênio e mudanças na urina", explica o delegado. 

Os abusos, segundo a polícia começaram em dezembro do ano passado. O UOL tenta contato com a família do paciente.


Fonte:https://noticias.uol.com.br

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