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segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Dança 'batcu': servidor exonerado do Ministério da Saúde já foi nomeado por Bolsonaro em 2019

Andrey Roosewelt Chagas Lemos, exonerado pela ministra Nísia Andrade por ser responsável pela contratação da empresa que promoveu uma dança erótica - Foto: Gazeta do Povo

Funcionário público desde 2015, o diretor do Ministério da Saúde que foi exonerado após ter assumido responsabilidade pela apresentação da dança "Batcu" em evento oficial da pasta chegou a ser nomeado por Jair Bolsonaro (PL) no governo passado. Em 2019, Andrey Lemos ocupou por três meses uma vaga de membro-titular no Comitê Nacional de Combate à Tortura, estrutura acoplada ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, liderado pela senadora Damares Alves.

De acordo com informações obtidas via Portal da Transparência, Andrey Lemos sempre esteve lotado no Ministério da Saúde como tecnologista. Entre julho e outubro, contudo, o servidor efetivo foi nomeado pelo ex-presidente. Na ocasião, a revista Crusoé fez uma reportagem sobre as aspirações políticas de Lemos.

Nas redes sociais, Lemos se descreve como fundador da União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT), doutorando em Saúde Coletiva e mestre em Políticas Públicas.

Após a exoneração, o servidor seguiu no Ministério da Saúde. Em 17 de janeiro deste ano, assumiu a diretoria do Departamento de Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, cargo que exerceu até o último sábado — data de sua exoneração.

Por que Lemos deixou o ministério?

Durante o 1º Encontro de Mobilização para Promoção da Saúde no Brasil, uma mulher dançou uma versão de 'Batcu', de Aretuza Lovi, e rebola para a plateia. O episódio gerou grande repercussão nas redes sociais e incomodou a oposição, que questionou o comportamento em um evento oficial.

Em vídeo publicado nas redes sociais, a ministra Nísia Trindade disse ter sido "surpreendida pelo episódio" e pediu desculpa:

— Infelizmente, eu fui surpreendida pelo episódio de ontem e venho, por meio desse vídeo, me desculpar muito sinceramente pelo ocorrido e reiterar o compromisso do Ministério da Saúde de que seus eventos reflitam a conduta e a orientação da Pasta da Saúde e do Governo liderado pelo presidente Lula — falou a ministra, que estava em uma agenda no ABC Paulista na hora do evento.

Neste contexto, Andrey Lemos assumiu a responsabilidade pelo ocorrido e foi exonerado. Até então, ele recebia um salário bruto de R$ 20,68 mil.


Fonte: oglobo.globo.com


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